Após amputar perna, Ninão inicia carreira como paratleta

Após amputar perna, homem mais alto do Brasil inicia carreira como paratleta

Por Edilane Santos

Joelison Fernandes da Silva, conhecido como Ninão, homem mais alto do Brasil, 7 meses após passar por uma cirurgia para amputar a perna direita, deu início a uma carreira de paratleta. O primeiro treino dele foi nesta segunda-feira (25), pelo Clube Atlético Paulistano, em São Paulo.

Ninão já praticava esportes na infância, mas precisou parar devido às dificuldades de locomoção ocasionadas por sua altura. Agora, anos depois e após se submeter à cirurgia para amputar a perna, em virtude de uma osteomielite, ele está podendo jogar vôlei sentado.

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“Eu já praticava o esporte na minha infância e depois eu tive muita vontade de praticar, mas nunca tive a oportunidade. Agora Deus está me proporcionando”, relatou.

Ninão está em São Paulo, onde assinou um contrato de dois anos com o Clube Atlético Paulistano. Ele também é sondado para convocação na Seleção Brasileira de Voleibol Sentado Masculino.

Fernando Guimarães, técnico do Clube Atlético Paulistano e da Seleção Brasileira de Voleibol Sentado Masculino, explicou que um dos jogadores do Paulistano seguia Ninão nas redes sociais e acompanhou a dificuldade que o paraibano de 2,37 metros passou para conseguir amputar a perna e se reabilitar com ajuda de uma prótese.

“Entramos em contato através da Confederação e o convidamos para integrar a equipe do Paulistano. A diretoria do clube se empolgou, ele veio e ainda está em fase de adaptação, mas já demonstrou que tem coordenação com a bola”, disse o técnico.

O técnico também falou da expectativa de que Ninão possa ser um dos melhores jogadores da equipe. Segundo ele, o paraibano é um “diamante bruto”, que pode ser uma aposta para os Jogos Paralímpicos de Paris, em 2024.

“Foi a primeira vez dele jogando. Estamos muito felizes, foi uma surpresa ver que ele é muito coordenado, tem movimentação de braço e toque. Tem tudo pra ser um divisor de águas em nossa equipe”, afirmou.

Ninão será acompanhado por uma equipe multidisciplinar, com fisioterapeutas, nutricionistas e outros profissionais que possam auxiliar na adaptação dele à prótese e ao time.

Para ele, o novo desafio como paratleta é a realização do sonho.

“A expectativa é muito grande. Apesar das dificuldades de locomoção, por conta da prótese, a experiência é muito boa. A equipe tem pessoas do bem, corações de ouro”, finalizou Ninão.

Da Redação com G1PB

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