A Petrobras anunciou ontem (16) a adoção de um novo modelo para definir seus preços, após seis anos usando o método de política de Preço de Paridade Internacional (PPI). Com o comunicado, veio também a divulgação das primeiras quedas nos preços do diesel, da gasolina e do gás de cozinha, que começam a vigorar a partir de hoje (17).
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Através do modelo PPI, os preços praticados no país era baseado no preço do barril do petróleo tipo brent, que é calculado em dólar. Levava-se em conta também os custos com taxas portuárias, logística de transporte, frete de navios e ainda havia um acréscimo de margem para remuneração de riscos ligados à operação.
Segundo a Petrobras, com essa política de preços, a estatal não tinha autonomia para tomar decisões frente as grandes variações do mercado internacional afim de evitar altas nos valores no Brasil. Dessa forma, a empresa lucrou e distribuiu dividendos de forma recorde nos últimos anos.
O que muda com o novo método:
O mercado internacional ainda será levado em conta na base de preços no entanto, indicadores do mercado interno serão utilizados como referência. O papel social da Petrobras defendido pelo governo e os interesses entre os acionistas serão mediados, na intenção de beneficiar a população com os valores mais baixos, segundo a Agência Nacional de Petróleo.
A estatal também disse que levará em conta o “custo alternativo do cliente”, que é a alternativa que o consumidor tem no mercado, comparando os valores com os de outros fornecedores que oferecem os mesmos produtos ou similares. As condições de importação, exportação e produção da estatal, será mais uma base considerada pela Petrobras, que adota o modelo de “valor marginal para a Petrobras”.
Com essas mudanças, a Petrobras garante que os preços chegarão ao consumidor final alinhados as particularidades de cada local, permitindo que ela seja mais competitiva em cada mercado e região. Apesar do anúncio, a empresa não conseguiu definir uma estabilidade para a média de preços.
