Por Pedro Júnior
Um dos maiores símbolos do zenobismo em Guarabira resolveu quebrar o silêncio sobre a decisão de apoiar o governador João Azevêdo, o deputado federal Gervásio Maia e o pré-candidato a deputado estadual Celio Alves, rompendo, assim, com o prefeito Marcus Diogo e a deputada Camila Toscano.
O professor Jeremias Cavalcanti, que ocupou a presidência do IAPM – Instituto de Assistência e Previdência Municipal – no governo de Zenóbio e a secretaria da Administração na gestão de Marcus Diogo, afirmou que foi traído e descartado no grupo político do qual fazia parte desde a sua adolescência, ainda no primeiro mandato de prefeito de Zenóbio Toscano.
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“Zenóbio foi embora precocemente para a tristeza de muitos! Continuei minha luta e tentamos dentro do grupo manter o seu legado. Todavia, as coisas não são como a gente imagina. Infelizmente, fui traído por aqueles a quem confiei para que se seguisse a nossa trajetória. Fui descartado, frustrando minhas expectativas, mas continuei minha vida”, disse ele.
Noutro trecho de sua publicação nas redes sociais, Jeremias Cavalcanti reclamou de lealdade e disse que não o queriam na gestão: “Como fui descartado, literalmente, ao contrário do que propagam, não fazia sentido seguir onde não me queriam. Até porque lealdade é uma via de mão dupla. Inexistindo reconhecimento interno, foi-me possibilitado empenhar-me numa nova caminhada, na qual estarei ao dispor com minha pequena contribuição já que ainda tenho muito a fazer, pois elegi o trabalho como prioridade em minha vida.”
O ex-aliado de Marcus e Camila sinalizou incômodo com uma campanha articulada nas redes sociais e na emissora de rádio da deputada para depreciar a sua imagem.
“Conquanto não me atinja, tudo o que estão fazendo neste momento, usando imagens e falas minhas enaltecendo ZT para tentar levar à população uma falsa impressão de que sou traidor, de nada adiantará, pois ratifico tudo o que disse e seguirei firme aos seus ensinamentos. Se há algum traidor, com certeza não serei eu, nem os amigos que da mesma forma sofreram expulsão. A traição maior é falar aos quatro cantos que estarão seguindo o legado de ZT e, na prática, usando de expedientes mesquinhos para tentar enganar a população”.
Jeremias Cavalcanti também mandou um recado ao prefeito Marcus Diogo, cuja administração enfrenta notório desgaste. “Guardem suas energias para levar ao povo um trabalho digno, da altura que Guarabira merece, e não fiquem tentando encobrir suas falhas com causos mal ensaiados.”
O ex-secretário ainda apontou uma contradição de críticos de sua decisão, que tentam menosprezar seu potencial eleitoral. “Se falam que só tenho 1 voto, que não tenho importância, por que tanto alarido com meu afastamento!? Se me queriam próximo, por que me defenestraram!? Sigam seus caminhos, porque o meu já escolhi! Mudei de grupo, não de caráter!”
Jeremias Cavalcanti encerra o seu desabafo com um apelo àqueles que não encerram o luto pela morte de Zenóbio e fazem sensacionalismo com o fato. “Deixem Zenóbio descansar em paz!”
FontePB, com ExpressoPB
