A população de Mari, um município que, por mais de uma década, se destacou pela maneira positiva na política de gestão de saúde, agora parece começar a enfrentar uma crise sem precedentes nos últimos anos. A falta de medicamentos básicos, que deveria ser um problema do passado, volta a assombrar a comunidade. Este descaso ocorre apesar de uma licitação robusta no valor total de R$ 2.102.251,95 destinada à compra de medicamentos e materiais médico-hospitalar.
Nos últimos meses, as redes sociais e os meios de comunicação locais vem sendo inundados por denúncias de moradores sobre deficiências de soluções essenciais. Entre os relatos, há casos de pessoas que temem interrupções em tratamentos importantes por não encontrarem medicamentos disponíveis em unidades de saúde públicas. A situação é crítica e exige respostas rápidas e eficientes
A situação se agrava ainda mais com a confirmação do Assessor de Comunicação da Secretaria de Saúde do Município, que durante participação na Rádio Comunitária da Cidade, confirmou publicamente a falta de determinados medicamentos. Segundo o assessor, a Secretaria já teria feito o pedido de medicamentos, entretanto, a explicação não deve ter aliviado a angústia de quem precisa de remédios para cuidar da própria saúde.
De acordo com informações obtidas e já publicadas por este portal, em abril, uma das empresas fornecedoras já teria recebido o pagamento de R$ 347.197,29, valor que deveria estar garantido um abastecimento adequado de medicamentos e materiais. No entanto, a realidade vívida pela população de Mari é outra. O que se observa em Mari é uma violação flagrante desse direito, colocando em risco a vida de populares que dependem do sistema público de saúde. A administração local tem a responsabilidade de garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente e que a responsabilidade dos medicamentos chegue a quem precisa. É necessário que a Secretaria de Saúde mantenha um controle rigoroso sobre o uso dos recursos públicos e uma fiscalização transparente das empresas contratadas para fornecimento de medicamentos.
O descaso com a saúde pública em Mari é um reflexo de uma gestão que parece priorizar outros interesses em detrimento da vida e do bem-estar de seus cidadãos. A população exige respostas e, acima de tudo, ações concretas que garantam o abastecimento contínuo e adequado dos medicamentos destinados à Farmácia Básica do Município.
