Inflação de outubro tem alta de 1,25% e chega a 10,67% em 12 meses

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Da Redação, @FontePB

A inflação do país medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registou alta de 1,25% em outubro. Esta é a maior variação para o mês desde 2002, quando o índice foi de 1,31%.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta quarta-feira (10/11). Com isso, o indicador acumula altas de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,25%).

Em outubro do ano passado, a variação mensal da inflação foi de 0,86%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em outubro, com destaque para os transportes, principalmente por conta dos combustíveis, que tiveram alta de 3,21%. A gasolina subiu 3,1% e teve o maior impacto individual no IPCA do mês.

No ano os preços dos combustíveis acumulam variação de 38,3% e nos últimos 12 meses, de 42,7%.

“A alta da gasolina está relacionada aos reajustes sucessivos que têm sido aplicados no preço do combustível, nas refinarias, pela Petrobras. Além gasolina, houve aumento também nos preços do óleo diesel [5,77%], do etanol [3,54%] e do gás veicular [0,84%]”,diz o o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

Também aceleraram os preços das passagens aéreas, em 33,9%. Houve alta em todas as regiões pesquisadas, de 8,10% em Rio Branco até 47,52% em Recife. A depreciação cambial e a alta dos preços do querosene de aviação, segundo o gerente do IPCA, têm contribuído com o aumento das passagens aéreas.

Outro destaque foi a aceleração dos preços do transporte por aplicativo (19,85%), que já haviam subido 9,18% em setembro.

Alimentos

Os preços também avançaram no grupo dos alimentos e bebidas (1,17%), puxado pelas altas no tomate (26%) e na batata-inglesa (16%). “Esse aumento no tomate e na batata decorre da redução da oferta devido ao frio e às chuvas”, observa Pedro Kislanov.

Também subiram o café moído (4,57%), o frango em pedaços (4,34%), o queijo (3,06%) e o frango inteiro (2,80%). Por outro lado, recuaram os preços do açaí (-8,64%), do leite longa vida (-1,71%) e do arroz (-1,42%).

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