Tomando como base o artigo “Media Training – Uma Ferramenta Eficaz na Assessoria de Imprensa”, de Cássia Amaro e Margareth Michel, da Universidade Católica de Pelotas-RS, observamos, conforme apresentado, a importante adesão de empresas a qualificação de sua comunicação através do treinamento de mídia, com o objetivo de não só ter uma boa divulgação de sua marca ou produto propriamente ditos, mas principalmente na tentativa de gerar credibilidade por meio da apresentação de suas informações e características através dos veículos de comunicação, sejam esses os de mídias tradicionais (rádio, jornal e tv) até os mais especificamente digitais contidos essencialmente na internet (sites e blogs).
O treinamento de mídia, que ganhou ainda mais relevância tendo em vista a liberdade de imprensa, o avanço da democracia e modernização tecnológica, quando executado de maneira estratégica por quem tem qualificação específica para aplica-lo, não apenas gera imagem positiva como também torna-se primordial no gerenciamento de possíveis crises, quando a comunicação assume papel essencial. É válido ressaltar, conforme apontam as autoras, que para que o treinamento de mídia surta os resultados esperados, é indispensável o bom relacionamento com a mídia, acrescenta-se aqui, não apenas com os veículos e seus representantes legais de primeiro escalão, mas com o máximo de profissionais que compõem cada canal de comunicação, gerando uma relação ética, respeitosa e também amigável.
Diretores e funcionários, com a exposição sem limites da internet, passaram a ser representantes oficiais da marca ou empresa que pertencem em qualquer ambiente, comprova-se isso ao evidenciarmos que qualquer declaração de um colaborador de seja este de qualquer esfera ou nível, entendida como preconceituosa, por exemplo, fatalmente será atrelada a empresa/marca e não apenas a pessoa. E ainda devemos levar em consideração que não podemos ignorar que geralmente a mídia se alimenta de polêmicas, pois fatos negativos geram mais repercussão, inclusive com ênfase indireta dada por supostos concorrentes. Portanto, Media Training é fundamental para que deslizes não façam desmoronar em horas, a reputação e imagem que foram construídas em anos, o que passou a ser considerado naturalmente possível nos últimos anos.
É importante frisar também, como bem salienta o artigo em tela, que o treinamento deve ser prático. Representantes de empresas ao se relacionar com a mídia publicamente, em entrevistas, por exemplo, devem obedecer a critérios previamente alinhados, como postura, discurso, acesso preciso a dados, conhecimento do funcionamento da mídia e agir estrategicamente direcionado, com a possiblidade, inclusive, de prever imprevistos e saber lidar com os mesmos.
Destaca-se, ainda, como pontos importantes no artigo, a necessidade de as empresas serem acessíveis e confiáveis aos canais de comunicação e a possibilidade do Media Training gerar a capacidade de direcionar positivamente as notícias.
Por fim, alertamos que o Media Training deve ser executado de forma também cautelosa, ou seja, não pode causar uma errônea demonstração de arrogância da parte da empresa por conhecer o funcionamento e os benefícios da ferramenta, e também o fato de o relacionamento com a mídia ser imprescindível nesse processo não pode colocar a empresa na condição de refém dos veículos de comunicação. Para alcançar esse patamar de assertividade e precisão nas ações, é necessário seriedade, ética e profissionalismo na comunicação interna e consequentemente na comunicação com a mídia e com o público-alvo de cada segmento.
Biografia – Tony Souza
Pós-Grad. em Comunicação e Marketing Político.
Expertise em Comunicação Governamental e Planejamento Estratégico.
Criador de Conteúdo, Radialista e Redator.
