Prefeito é assassinado durante reunião dentro de prefeitura

Foto: Facebook

O prefeito de Lajeado do Bugre, município de 2.569 habitantes no Norte do Rio Grande do Sul, foi morto a tiros na manhã de quinta-feira (23). Roberto Maciel Santos (PP), de 45 anos, estava dentro do próprio gabinete quando foi atacado.

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A Polícia Civil afirma que não descarta nenhuma linha de investigação e não dá mais detalhes do caso para não atrapalhar a apuração. Veja abaixo o que se sabe e o que falta saber sobre o crime:

  1. O que aconteceu?
  2. Quem é a vítima?
  3. Alguém sobreviveu?
  4. Alguém foi preso?
  5. O que diz a polícia?
  6. O que dizem parentes, colegas e moradores?
  7. Como reagiram à morte?

1. O que aconteceu?

O crime aconteceu na manhã de quinta-feira (24). O prefeito de Lajeado do Bugre estava em uma reunião no gabinete quando foi surpreendido por disparos de arma de fogo. Roberto Maciel Santos morreu no local.

Conforme a Brigada Militar, uma pessoa encapuzada entrou no local e atirou diversas vezes. O atirador teria deixado a prefeitura em um carro, onde estaria uma segunda pessoa.

No local, foram encontrados cartuchos de uma pistola 9 mm. A arma do crime não foi localizada.

2. Quem é a vítima?

A vítima é o prefeito do município, Roberto Maciel Santos (PP). Ele tinha 45 anos, era casado e tinha filhos. Beto, como era conhecido, foi eleito em 2016 e reeleito em 2020.

O corpo do prefeito deve ser sepultado por volta do meio-dia de sexta (25) em um cemitério da cidade.

3. Alguém sobreviveu?

Outras duas pessoas estavam no gabinete do prefeito na hora do ataque. Um homem, funcionário da prefeitura, foi socorrido em estado grave e levado para o Hospital de Caridade de Palmeira das Missões.

O outro sobrevivente é o vice-prefeito, Ronaldo Machado da Silva (PL). Ele disse ao g1 que conseguiu escapar indo em direção ao banheiro do prédio. “A gente não conseguiu identificar ninguém, porque chegaram chutando a porta e atirando. Consegui escapar por um banheiro. Foi um sufoco”, contou.

Foto: Reprodução/RBS TV

4. Alguém foi preso?

Um homem foi detido pela Brigada Militar para averiguações, e foi preso em flagrante por receptação e porte de arma. Ele estava próximo de um automóvel abandonado no município. A polícia não detalhou que participação ele teria no crime.

Foto: Reprodução/RBS TV

5. O que diz a polícia?

A Polícia Civil não dá detalhes do caso para não atrapalhar as investigações. A delegada Aline Dequi Palma, titular da Delegacia Regional de Palmeira das Missões, afirma que foram efetuados diversos disparos.

Nenhuma hipótese é descartada pela polícia, que ainda não apontou a motivação para o crime. “A investigação começou agora, todas as informações serão checadas, não dá pra seguir por uma linha única, então, a gente está em aberto, checando tudo para ver de que forma essa investigação vai ser conduzida”, disse a delegada na tarde de quinta.

A polícia também não informou se o atirador agiu sozinho ou com a participação de outra pessoa. “A gente vai verificar se essa pessoa realmente agiu sozinha dentro da prefeitura, ou se estava acompanhada de mais alguém, ou se recarregou a arma, mas foram muitos disparos”, explicou Aline Dequi Palma.

6. O que dizem parentes, colegas e moradores?

Irmão do prefeito, Antonio Carlos Brizola Maciel Santos fala que Roberto era um “homem bom” e preocupado com a cidade. “Não tem palavras para explicar a dor que a gente sente numa hora dessas. Covardemente, pessoas que fizeram isso, tirar um cidadão de bem, deixando a família neste desespero que nós estamos agora”, disse, emocionado.

Antonio Carlos é vereador de Santa Bárbara do Sul, município a 107 km de Lajeado do Bugre, pelo PDT. O político disse esperar “justiça” na investigação do caso.

O vice-prefeito afirma que a morte de Roberto abalou a cidade. “Nossa relação com o prefeito era que nem de pai para filho, hoje a cidade está abalada”, disse.

Conforme testemunhas, o prefeito era uma pessoa tranquila e não tinha desavenças políticas. “Era um cara bom, que não tinha desavenças com ninguém. Sempre foi muito trabalhador e fácil de se lidar. É algo que não tem explicação, mexeu com a cidade inteira”, falou um dos moradores que presenciou o ataque e que prefere não se identificar.

7. Como reagiram à morte?

A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) manifestou pesar pela morte do prefeito. “A Famurs condena qualquer tipo de violência e se solidariza com os familiares e amigos do prefeito Roberto”, disse em nota.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) lamentou o ocorrido. “Recebo com muita tristeza essa notícia. Espero que, na fé, encontrem consolo e resignação neste momento de tristeza e pesar”, disse o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski.

Em nota assinada pelo presidente da legenda no estado, Celso Bernardi, o Partido Progressista (PP) pediu apuração urgente do caso. “Era um líder da melhor qualidade, um homem pacífico e trabalhador que foi vítima da estupidez e do ódio, que são inaceitáveis, mas infelizmente acontecem, quando pessoas más não sabem respeitar a convivência humana, mesmo entre diferentes”, destacou o partido.

FontePB com G1

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